Conheça os fotógrafos das Quintas de Alfabetismo

ALYSON CARVALHO / MINAS GERAIS 
Documental Fine Art

“Seja em imagens individuais, tanto quanto em séries, Alyson carrega o resumo visual de um discurso, uma sentença , uma provocação. Um desafio dificilmente bem sucedido como ele o faz enquanto fotógrafo e artista visual. Tem camadas complexas que são substituídas pela sedução de um poderoso imaginário, investigação histórica focada em eventos, em mitos, construção antropológica de gerações, tradições e povos resistentes e transcendentes a sua cultura, e descendências. Obsessão pelo desconhecido; ritos, Religião, literatura, dismorfias, paralelos de identidade, pilares comuns que reagem com tamanho impacto às diferenças e enaltecem a diversidade. Retratos e esculturas resultado de produção lírica que ao mesmo apresenta embasamento com uma biblioteca e levantamento de informações por meio de detalhes carregando tantos conceitos, vem o pensamento pensado em luz, cores, composição, narrativa, foco e storytelling que nos rende seduzidos em prosseguir lendo e sentindo cada uma das suas peça de Arte.” Roberta Tavares 

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ANA MONTEZ/ PORTUGAL 
Documental Cotidiano 

“Ana Montez tem todos os requisitos e competências testemunhados em todos grandes fotografo documentais voltadas a pautas de imprensa, que servem nome na historia fotográfica e cultural visual, trabalhando enquanto fotojornalistas para grandes publicações. Ana é fotojornalista e um dos talentos naturais que testemunhei neste ano de 2020. Ela, seja em campo ou dedicada a trabalhos pessoais tem a perspicácia, uma capacidade natural de assumir papel de testemunha invisível sem interferir na cena, na fluidez de eventos por mais ordinários que pareçam ou corromper a verdade de sistema familiar. Consegue traduzir as nuances do universo infantil e das suas relações livres, de auto-conhecimento de forma  artística, efêmera, lírica e em um movimento que transcende a rotina do que se é esperado, criando reflexos extraordinários de memórias, flagrantes, documentos. Valorizando os momentos cotidianos da sua família, a artista vem traduzindo estas interações enquanto ilustração destas frações de experiência e identidade tão características no ritual que sucinta a identidade e complexo familiar. E ela se utiliza da própria familia para enfatizar isto.” Roberta Tavares 

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CAMILA DE MELO / PARANÁ
Documental Investigativo 

“Camila tem uma grande facilidade-ciência em carregar o que sintetiza uma linguagem documental dirigida  a denúncias e a protestos, ecoa e reverbera as vozes abafadas em questões pertinentes revisitando conceitos de  direitos humanos e justiça social em classes desprivilegiadas ou em grupos neglicenciados de visibilidades ou oprimidas nos circuitos sociais que as abrigam. Camila desenvolveu um grande trabalho e vem desenvolvendo projetos a longo prazo com foco em mulheres que são consequências de dívidas de questões históricas de gênero, orientação sexual, e de reconhecimento enquanto parte de uma sociedade ainda com viés machistas do tempo.Tem muita facilidade de acesso pela personalidade sempre tão receptiva, transparente em seu propósito, atenciosa, e respeitosa ao ouvir e se identificar com todos aqueles que ela fotografa.” Roberta Tavares 

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DANNI SOUZA / MINAS GERAIS 
Documental 

“Danni é o filtro mais transparente das estórias que são compartilhadas e testemunhadas por ela. Não um filtro objetivo, das perguntas clássicas,dos formatos tradicionais,  mas uma ampliação dos recortes das respostas apresentadas por meio destas perguntas, abrindo portas para um olhar sensível diante de eventos de vida desenrolando em frente aos olhos da mesma, do nascimento e renascimentos de vidas, de rotinas, de papéis. Ela honra este roteiro e suas reviravoltas, marcos de estórias, e um legado construido por meio de lirismo, entre enquadramentos discretos e poéticos de um olhar criativo, sendo convidativa a sensibilidade de revisitar sentimentos, criando documento, a generosidade em se estar presente, de seguar e estender o tempo, e fazendo que todos experimentem desta sutileza e emoção, que definem as maiores conexões humanas, e todos os principais cenários de vida.”
Roberta Tavares 

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JOÃO PAULO MEIRELLES / MINAS GERAIS 
Documental

“Ele abraça o  caos, e o faz um território de experiência ao invés de sucumbir em prol da pressão estética de zonas de riscos mais confortáveis. 
Tem um controle perfeccionista dos elementos da linguagem documental, e encontramos em cada fotografia requisitos evidenciando a segurança do autor, a agilidade premeditando e avançado em riscos, o previnir excessos, a probabilidade de dar errado, ser tempo perdido. Ele investe em instintos e criatividade. Substitui a reação racional por uma relação emocional com cada fator em suas fotografias, sem ofuscar o ponto central das suas obras: os fotografados. O olhar do João é fascinado pelo que seria caótico na perspectiva da audiência, construindo os territórios nos quais ele se sente e aciona o seu melhor. E quando o faz, ele se destaca, pelo resultado em si mas por ser evidência do seu estado mais consciente e excitado neste complexo de dilemas e ordem visual. Vem fixado e obcecado por uma mensagem além da quebra de geometrias, padrões, texturas, luz. Vem comprometido com a beleza, mas mais do que isto… com mensagens. Ele olha para paisagens e snapshots de rituais cotidianos acontecendo como telas de narrativas. Quadros contemplativos que possuem surpresa, tem humor, tem inesperado, tem muita camada de vida, e temos um centro de atenção e conexão, e reação.” Roberta Tavares 

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KELLY SCHMIDT  / RIO GRANDE DO SUL
Documental Investigativo

“Kelly traz em exposição a natureza. Natureza Humana. Investimento não apenas de tempo e de energia mas uma batalha comprometida e incansável enquanto investigando realidades/ cotidianos tão difíceis de serem capturados, e mais desafiador ainda,  serem representadas visualmente. Ela tem uma preocupação legítima de fazer com que essas histórias elas sejam absorvidas com a dignidade que elas são compartilhadas assim são histórias difíceis,  mas em si, são histórias de resiliência, histórias de superação mas acima de tudo são estórias de identidade e de se reconhecer ali naquela fração de segundo. A coragem do que passa se passa na frente, ou quando ninguém está vendo, no comando deste grande desafio enquanto seres humanos enquanto pluralidade, encontro e respeito. Demonstra  paciência, respiro, calmaria neste turbilhão da produção fotográfica. Vasta familiaridade e noção do que um documental exige de um fotógrafo, o que a motiva a conhecer todas as etapas e os processos, e a responsabilidade de cada passo a partir de uma idéia com a qual ela legitimamente se importa, e tornar isso realidade em um ensaio,  um livro, uma exposição. Kelly ela tem um poder de tornar as mensagens nas quais ela acredita e se nutre, enquanto fotógrafa e pessoa, possíveis e necessárias nesse nível das concretizações, não por ela apenas, mas prioritariamente pelos fotografados.” Roberta Tavares 

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