Conheça os Fotógrafxs das Segundas de Alfabetismo
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Monique Olive
* Mergulho *
Fazer parte dos diálogos visuais de Monique é encontrar-se desarmado e despido das obsessão imagética das grandes pretensões promovidas no circuito das artes visuais. Ela realça as conexões que a fotografia pode engatar não apenas como expressão, mas com a intensidade que acompanha as emoções primitivas, cruas e expostas. O ativismo de discursos que reivindicam a subjetividade e sutileza sentidas na pele, nas texturas de Monique, nas paletas de Monique, no enquadramento que te permite presença e compartilhamento de vulnerabilidades. Você nasce e renasce nas fotografias dela. Você caminha naquelas rituais como testemunha e um corpo extra em cada experiência sensorial explorada ali. Você toca os símbolos, a mensagem e curiosidade de cada quadro, e ele...aquele canto e conto em frame, te toca de volta. Monique te conduz naquele encanto, ela sussurra no seu ouvido, ela se desnuda e te liberta na sua frente, e você em status inevitável: hipnotizado; experimentando uma forma fortuita de transcendência. (Roberta Tavares)
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Taty Beija-Flor
Tati utiliza de uma das mais recompensadoras e desafiadoras motivações dentro da linguagem documental fotográfica; proximidade e intimidade. São duas palavras, duo de sensações, energia e sinergia, que que ela utiliza confrontando e superando as pontuações chaves e clássicas em repetitivos discursos para descrever processos, onde convivemos com uma tendência de generalizar na interpretação física das relação fotógrafo-fotografado. Dois argumentos que poucos profissionais conseguem traduzir por meio da natureza estática das imagens. Tati é uma destas exceções, porque desafiando distâncias, o corpo dela garante que sua posição na leitura daquele momento e retrato seja a mais īntima o possível. Você se relaciona, você se importa, você conversa de volta em níveis de acolhimento antes não conhecidos. Você submerso na possibilidade de fazer aquela fração de experiência também sua. A fotografia da Taty não convida estereótipos mas identidades. Ela abre a porta, sorri positiva e sensível, e te convida a entrar. Você senta e não quer mais sair. (Roberta Tavares)
Para conhecer mais o trabalho da Taty, acesse aqui:
Dani Cunha
*Reconhecimento*
Dani cria sua própria fórmula, e não apenas com esta expansão dos próprios limites que poderia impôr com total autorização na própria imagem, mas opta pelo interlúdio, tecendo a natureza livre dos cruzamentos da linguagem: jornalística, documental, conceitual e fine Art. Dani ergue uma nova concepção de tempo e espaço, o paralelismo Matrix, uma forma excitante de criar um próprio refúgio de possibilidades de reflexões, territórios criativos e íntimos de experimentações, o mistério e as batidas diante de cada descoberta, o abre-alas daquele personagem que precisa ser. Ela contorce todo potencial da storytelling, reforçando com camadas que amplificam os porquês que ela defende; audio, interferência, video, recorte, tudo para reverberar a voz do conceito e de um contexto. Torna-se um vício inebriante e teletransportador para este universo nada distante de Dani, uma realidade que flui, angustiante, excitante, documental e ficcional que cruza todos os pontos da construção de uma verdade, da verdade dela enquanto ponte para as inúmeras verdades daqueles que se aventuram neste atravessamento dos limites e desmembramentos do dominio visual dela . (Roberta Tavares)
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Paula Basso
* O Sentir *
Paulinha trava batalhas na arena do pensamento e produção com os grandes dilemas e conexões que a fotografia proporciona. Ela interroga, questiona, cria os diversos frames fantásticos de corpos contorcidos, o ilusionismo de recursos de experimentação, de liberdade criativa superando formalismos e qualquer lógica das amarras, te forçando a piscar, se atentar, se surpreender. Toda a narrativa vem desafiando a audiência a olhares nunca experimentados ou vivenciadas naquele ângulo, naquele tempo, naquelas salas, quintais e quartos. Uma investigação de porquês, da genesis do propósito, dos papéis que Paulinha abriga comunicando tanto por linhas tão singulares, alusivas, e surpreendentes. Um conto a Blade Runner, uma marcha romântica de suspenses e suas pistas. O toque de Paulinha, as coordenadas de Paulinha, a pincelada de Paulinha, a escrita de Paulinha, tudo que ela interpreta e traduz é tão mais excitante do que objetos e personagens presos naquele momento do tempo. Ela os liberta, e nos faz mais atentos e curiosos, … e curiosidade é uma das grandes ovações e Bravos que a audiência pode oferecer a uma artista. Olho para as fotos de Paulinha, e ouço cada aplauso, incessamente e consistentemente, e um deles é sempre o meu. (Roberta Tavares)
Para conhecer mais o trabalho da Paula, acesse aqui:
Val Cordeiro
* Efêmero *
Val carrega o valor simbólico da introspecção enquanto gatilho de curiosidade e exposição. O movimento de Val parte disto, a curiosidade de Val ascende disto, a criatividade de Val brinca com isto, a inspiração de Val nos desafia em tudo isto. A porta que precisa ser aberta enquanto observadora, escutando e se posicionando para molduras do que ela entende e daquilo que a inquieta. Ela projeta, ela antecipa seja no exotismo do “novo” seja nas nuances da natureza humana. A reclusão e inclusão são antídotos das dores que ela necessita diagnosticar. Fotografia vem como exame e raio-X. Compartilhamento e acolhimento. Uma fina película do mundo lá fora e o mundo aqui dentro, das verdades observadas, idealizadas, do imaginário que cabe os conflitos externos e internos que são objetos da descoberta, da desculpa e passe livre para que Val desvenda as fendas sendo ela pessoal, intimista, os gritos marcados nos silêncios permissivos dela. (Roberta Tavares)
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Alexandra F. Calliari
* Gentes *
Alexandra marca a vocação na instintiva forma de tecer uma original composição de idéias, fundamentos, e formas de induzir intenção e percepção em crônicas da rotina, ocupando ruas e becos, e como ocorre com toda grande cronista visual, o uso diligente e consciente das verdades apresentadas na narrativa que se converge a um clímax e eleva toda a experiência contra as ditaduras coletivas do ofīcio, mas valoriza e hipnotiza pelos gatilhos emocionais mais eficientes: o humor, o deslumbre e o experimento em desconstruir o senso comum e imediatista do evento, personagens e objetos. Onde olhar, quase sempre, não significa estar vendo. Uma ode à lei da observação. E Alexandra está sempre “vendo” e lendo, e te fazendo sorrir do outro lado em uma unânime conclusão “como não pensei nesta relação antes?” Isto é um verdadeiro e raro talento. (Roberta Tavares)
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Cris Coelho
* Fragmentos *
Cris traduz os grandes contrapontos da memória, da bagagem de tudo que é presente ou ausente, as reconciliações com ambas, e que alimenta sua atração pelo que compõem estas identidades. O histórico e investigação destas experiências. Ela sempre se reconhecendo em atalhos simples, de volta ao ponto de origem. Tem a descrição e imaginação de uma criança em estado constante de contemplação, que fascinada por vida sendo vida, quer superar os fragmentos incessantes com retratos de instantes ali timidos quase despercebidos. Tudo parte da experiência dela, deste espelho refletindo de volta os campos livres daquela infância, dos privilégios herdados de uma personalidade e sistema familiar atento às relações, o valor das conexões, o resgate e reconciliação com a própria estória. O perfeccionismo da moldura em luz e composição daquele limiar entre o aqui e agora, e o que transcende este espaço rígido da temporalidade. O apego e desapego, a curiosidade e o pacto silencioso em fotografias que revelem a excitação quando ela passa se ver refletida de volta. Parece que ela está sempre sentada em frente aquele espelho. (Roberta Tavares)
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Tais Marcato
* Híbrida *
Tudo sobre o que mais me seduz ao descrever o trabalho de Taís recaí e retorna para este ponto de largada: Hibridismo. Dissecando as questões de identidades sociais, a interpolação de sistemas de investigação de indivíduos, grupos, coletivos, normas estruturais arruinadas, e auto-avaliação, presente e passional, um corpo tão perto e tão tatuado das questões mais urgentes, enquanto canvas enquanto empréstimo a vozes acostumadas à sombra ou disfarce. A interseção de conceitos, dos links intuitivos em encontros de verdades desprogramadas. A colisão de mentalidades, consciência e imortalidade em noções vulneráveis do pêndulo passado , presente e futuro. A multidisciplinaridade do medium, da ferramenta, da linguagem, da plataforma, dos materiais e algoritmos. A própria descrição se remoldurando a todo instante. A mistura de recursos com os arranhados de narrativa, um corpo livre, sem títulos, sem definições imediatas, o que me faz aguardar ansiosa pela próxima audácia. E pode aguardar, porque ela sempre vem.(Roberta Tavares)
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Lini Batista
* Intensidade *
Lini tem toda intensidade e profundidade que cabe no flerte e pausas de sedução, na conclusão de argumentos de todos grandes artistas. A facilidade com a qual prepara e se potencializa nesta introspecção, as subidas íngremes e degraus desta rollercoaster de sensações, um salto nesta imersão psicológica e emocional. Picos de excitação. Todo o processo obedecendo com naturalidade a natureza dela, que mesmo entre demônios, bichos papões, fantasmas, amores e dores que alimentam e atormentam as mentes criativas mais inovativas e originais, confere a audiência um espaço que se toma fôlego e vai se alcançando o íntimo mais submerso, um ambiente familiar e natural para Lini,onde entre imprevistos e a noção que tudo pode dar errado convoca os empurrões dos acertos, dos reflexos nas soluções mais honestas dela, nos enquadramentos suspensos dela, o perfeccionismo em um minuto e abandono das correntes no próximo, sorrisos do risco, da liberdade vulnerável de atender ao dom. Uma catarse de negociações que chegam na imagem e vem com a recepção de como ela aborda tudo na escuridão; as luzes, as cores, o belo, a simplicidade, as complexidades humanas …Você deslumbrado naquele ecossistema, retratos sublimes de formas e contornos e insinuações inesquecíveis. (Roberta Tavares )
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Renata Meireles
Renata vem como grande reflexo de um dos duetos e um dos duelos mais gratificantes de uma jornada em busca de uma perspectiva pessoal e visual, se achar e se perder nos enlances com a identidade… e de novo...e de novo... e mais uma vez. Sem resistência, e estendendo generosa aceitando o processo do que sejam estas pistas nos retratos da voyer, no quebra-cabeça do momento espontâneo enquanto expectadora, as vertigens de contemplação, seja na atração aos estados emocionais ou nas expressões que torna cada fotografado um alvo coletivo de surpresa, de tensão, de alegria, de auto-diálogos, de relações indivíduos com indivíduos, lendo estes personagens, e a leveza do desencandear de observações inusitadas presas neste pêndulo das ações e reações. A liberdade do fluxo, da textura, do concentrar naquele ponto de conexão do frame, o enquadramento do que importa, as perguntas que não são feitas mas lá estão … no imagináio sensivel elas vem a magnetizando, a inquietando e ela não foge à indulgência. ( Roberta Tavares )
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Ju Vivolo
A visceralidade da expressão humana, da obsessão do que se perde e o que se hospeda naqueles corpos e semblantes. Cada expressão carrega a intensidade e provocações das interpretações que conversam e se fortalecem na dela. Ela sempre apta a esta dança. Quando tais interpretações vem esculpidas na missão de dessecar questões sensíveis e sociais, atravessando e questionando uma cultura visual e trivial de uma geração; estereótipos, padrões conformistas, ao invés do confronto que tende certa resistência, ela reage com a ferramenta que pode, e constrói uma escultura cinemática e cinematográfica, onde papéis são confundidos, padrões dissolvidos, onde corpos são reflexos e marcas de pontuações sutis de Juliana. O nocaute da Juliana é sempre potente, mas antes de ser qualquer brutalidade, se rever enquanto belo. O você se torna paciente na valsa e sonetos dela, você movimenta neste ringue na fluidez das narrativas e na intenção intuitiva que cria holofotes para o esotérico, o minimalismo e a conversão do movimento documental de escolhas na narrativa para que não haja atropelos, então ela entra e sai quando conveniente, nesta busca de encontros internos, de choro e suspiros com cada conciliação com o cotidiano, com o ritual que não cessa em suas piruetas nas percepções rotineiras que vai e volta, que pausa e pula. ( Roberta Tavares )
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